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[ TERRITÓRIOS ARQUEOLÓGICOS ]
Estratégias de desenho para a formulação de cenários temporais, um método aplicado a territórios arqueológicos da América Latina. Os casos: Ilha do Governador na Baía de Guanabara no Rio de Janeiro - Brasil, Cidade de Arica e região de Parinacota no Chile, Cidade de Cachipay, La Mesa e Anapoima na Colômbia, Ruínas de Copan em Honduras, Ruínas de Iximché na Guatemala, Uxmal e Xkalupocoh / Nohpat na região Puuc da Península de Yucatán no México
Apresentação:
A pesquisa se coloca como possibilidade as zonas arqueológicas, suas relações espaciais e territoriais, suas influências na macro e micro geografia, sendo induzida a uma melhoria a partir da sua monumentalidade histórica e os impactos nas áreas lindeiras, possibilitando que sejam fomentadas estratégias que promovam os “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”. Propiciando novas características nos processos de abordagem territorial, por meio do surgimento de novos modelos de espaços e infraestruturas.
A escolha da temática em questão se baseia na importância histórica e na influência dos territórios arqueológicos na América Latina, os impactos geográficos e a sua relação entre áreas costeiras, povoamentos, assentamentos humanos e vilarejos os quais carecem de interconexões, apesar de caracterizados como polos históricos, não apresentam desenvolvimento econômico, social e são assolados por diversas problemáticas presentes ao longo do século XX.
O modelo permite a ampliação das capacidades de abordagem e formação profissional, compreensão espacial e leituras morfológicas de zonas arqueológicas através do planejamento estratégico, como potenciais para o desenvolvimento de apropriações humanas qualificadas em seus entornos imediatos e a formulação de indicadores territoriais presentes nos setores históricos. O recorte se estabelece em áreas cuja relação arqueológica e geográfica, apresenta qualidades espaciais quanto
aos denominados espaços construídos que se relacionam na atualidade em áreas potenciais para desenvolvimento regional. A pesquisa tem como objetivo aplicar
estratégias que possibilitem desenvolver cenários projetuais futuros de desenvolvimento territorial, cujos estudos possibilitam abordagens espaciais e urbanas dos territórios arqueológicos na América Latina. Promovendo e fomentando redes articuladas entre características territoriais presentes nos limites dos territórios arqueológicos, junto a geografias, a novas formas de apropriação urbana e suporte no macro e microterritório por meio da aplicação de ferramentas metodológicas apoiadas na reestruturação espacial. Ampliando a capacidade nas zonas de borda por meio de estratégias que fomentem a melhoria territorial, formulando cenários prospectivos e temporais de desenvolvimento local.
DIÁLOGOS E PALESTRAS
JUNHO 2024
PRIMER FORO - ESTRATEGIAS PROYECTUALES EN TERRITORIOS ARQUEOLÓGICOS
JULHO 2024
IV SIMPOSIO DE INVESTIGACIONES DIFA, 500 AÑOS DE DESTRUCCIÓN Y CONSTRUCCIÓN
LOS CENTROS HISTÓRICOS EN EL CONTEXTO DE LAS DINÁMICAS URBANAS CONTEMPORÁNEAS. GESTIÓN Y PUESTA EN VALOR. MÉRIDA Y SUS PROCESOS DE URBANIZACIÓM
MAIO 2024
ESTRATEGIAS PROYECTUALES EN TERRITORIOS ARQUEOLÓGICOS EN AMÉRICA LATINA
AGOSTO 2024
ARTIGOS
Copán Ruínas, Honduras
WORKSHOPS
México
Programação Rio de Janeiro
Programação Honduras
Programação Guatemala
EXPOSIÇÕES
YUCATÁN, MÉXICO
ILHA DO GOVERNADOR, NA BAIA DE GUANABARA NO RIO DE JANEIRO - BRASIL
Esta zona arqueológica devido a sua proximidade com um território consolidado e após o desastre do Museu Nacional carioca se coloca como uma hipótese real para estabelecer novos parâmetros para a produção cientifica de reconhecimento, mapeamento, estruturação e rearranjo territorial, métodos de análise de territórios oriundos das ocupações humanas iniciais no continente.
Estruturalmente o território se caracteriza por um perímetro significativamente urbanizado, que em períodos remotos fora utilizado por população formada por caçadorescoletores, dando origem as zonas de Sambaquis presentes nos territórios brasileiros. É fundamental apontar que o território arqueológico consta com 10 sítios arqueológicos, conformando zonas de aldeias, ocupando regiões próximas a borda marítima.
VÍDEO 1
VÍDEO 2
VÍDEO 3
VÍDEO 4
VÍDEO 5
CIDADE DE ARICA, REGIÃO DE ARICA E PARINACOTA - CHILE
A abordagem neste território ao longo da costa do pacífico do Chile, consta com assentamento e registros arqueológicos da cultura Chinchorro, cujo território se caracteriza por achados de um número significativo de múmias e diversos vestígios da cultura local. Podem ser citados destes achados, petróglifos que estão presentes na região de Arica, denominado de Pukará San Lorenzo, além de arte rupestre considerada do denominado período médio.
Estes achados são considerados Patrimônio da Humanidade, reconhecimento realizado pela UNESCO, devido às técnicas de mumificação e no tratamento dado a conservação dos corpos devido ao tipo de prática fúnebre, manejo de materiais e preservação.
Quanto aos valores arqueológicos, é possível apontar a arte produzida através da cerâmica que caracteriza os povos denominados, “Pueblos del Norte Verde”, conformando uma tradição na produção das denominadas “Diaguitas”.
Uma sociedade caracteriza pela ocupação do borde costeiro, tipicamente pesqueira, através do uso de materiais de origem mineral e animal, que dominavam o mergulho de grandes profundidades, o que lhes permitiu construir territorialmente assentamentos semipermanentes, se utilizando da geografia inclusive de rios e riachos.
CIDADE DE CACHIPAY, LA MESA E ANAPOIMA - COLÔMBIA
Há mais de 20.000 anos os primeiros seres humanos chegaram à América e eram muito diferentes dos povos indígenas que os espanhóis encontraram no século XVI, período durante o qual certamente experimentaram mudanças em sua cultura, ambiente e sociedade, diversificando atividades, migrando para diferentes territórios ocupados por outros grupos, misturando-se entre clãs e grupos étnicos. Isso significava que as culturas estavam mudando, bem como suas tecnologias, materiais usados, sua fabricação e uso, e até mesmo suas relações com o ambiente circundante.
Além da Paisagem Natural deste Território Tequendama que ainda existe, vestígios da presença dos aldeamentos da Cultura Panches – guerreiros indígenas que defenderam seu território com unhas e dentes – estão as testemunhas silenciosas dos Petroglifos, gravuras rupestres e inscrições em pedra, expressões artísticas que registram a história de mitos, rituais e modos de vida. Petroglifos são o contato das gerações presentes com seu passado, servindo como uma janela para a compreensão de sua visão de mundo e contribuindo para a identidade cultural indígena. Sua preservação é essencial para manter vivo o inestimável patrimônio.
Além dos Petroglifos, ainda existem algumas estradas abertas pelos indígenas e pavimentadas na conquista, pontes que sobrevivem à passagem do tempo, eram espaços para poder trocar produtos com os Muisca, que governavam as terras da savana de Bogotá, por isso abriram trilhas no meio das montanhas. Além de trocar ouro por sal, essas trilhas os levavam a seus locais de pagamento, como lagoas encravadas em serras.
Não podemos deixar de mencionar, o marco Histórico que foi o Trem e sua Ferrovia, toda a evolução cultural que teve sua intrusão na Paisagem Natural e Cultural do Território Panche hoje Província de Tequendama, com suas Fazendas de Café anteriormente habitadas por Presidentes, arquitetura republicana das casas locais, tecnologia, moda e artefatos da explosão industrial europeia dos séculos XVIII e XIX; presença de assentamentos de alemães, judeus e outros estrangeiros durante esses séculos; e até museus com fósseis de mastodontes, são algumas das relíquias históricas escondidas nos municípios da bacia baixa do rio Bogotá, locais que deixam clara a poluição de suas águas
COPAN RUÍNAS - HONDURAS
É uma região caracterizada por fazer parte do chamado Período Clássico Maia, implantado em região de borde de rio, planície inundável, denominado de Rio Copan a uma altitude de 600m; durante seu auge sua população foi estimada em 20.000 mil habitantes isso durante o século VIII. A região tem aproximadamente 250 acres, formada por uma plataforma artificial que é protegida pela UNESCO como Patrimônio Mundial.
Caracterizou-se no seu passado de ser um centro econômico e de impacto regional, no qual teve um papel importante no comércio através de produtos produzidos de Jade e Obsidiana, o qual caracterizavam no período clássico as classes sociais do período.
As características da implantação urbana: arquitetônicas e artes estão presentes na sua grande maioria, a qual não foi destruída no período de cheias do Rio Copan. Ainda se encontram presentes estruturas, pirâmides, praça de jogos de “pelota” e patamares construídos com materiais locais, na sua grande maioria com estruturas de calcário, cuja implantação se caracteriza por um plano elevado permitindo a vasta visão com o entorno imediato.
É importante salientar a existência de um vasto registro ao longo dos templos e estruturas existentes, os quais contam na atualidade com um centro cerimonial datado do século VI, com mais de 2.500 grifos presentes desde o denominado Período Tardio, mas que foi fundamental para estabelecer as características artísticas através da cerâmica e adornos presente na sua arquitetura, registros que incluem esculturas nos templos e belissimamente detalhadas e desenhadas como registros no século XIX pelo arquiteto e explorador Catherwood.
UXMAL E XKALUPOCOH / NOHPAT, NA REGIÃO DE PUUC, NA PENÍNSULA DO YUCATÁN - MÉXICO
A região cultural de Puuc está localizada ao sul do estado de Yucatán e ao norte de Campeche, expressão que em maia-Yucatec significa "montanha", esta área é a mais acidentada da península de Yucatán, na qual se encontram duas cadeias de colinas, conhecida como Sierrita de Ticul e as colinas de Bolonchen, incluindo o Vale de Santa Elena.
Uma influência determinante na densidade dos sítios pré-hispânicos da região foram, sem dúvida, as grandes extensões de terras férteis que deram lugar à agricultura. Porém, o termo Puuc recebe três conotações: área geográfica, região arqueológica e estilo arquitetônico.
O termo Puuc denomina a região arqueológica, que se situa na área geográfica acima descrita, onde culturalmente os seus limites não são muito precisos na região sul, visto que partilham características com a arquitetura do Rio Bec e Chenes. A referência histórica onde os maias pré-hispânicos de Puuc atingiram o seu apogeu durante o período conhecido como Clássico Tardio (600-1000 D.C.), fase em que aparecem a arquitetura e as suas características tipológicas desta região, atravessando esta área atingindo locais como Chichen Itzá, Ek Balam e Culubá.
Por volta de 750 D.C A tipologia do Puuc Clássico abrange toda a região cultural, estendendo-se em direção ao noroeste de Yucatán, além das montanhas. Esta extensão da área de influência deve-se ao fator de intenso comércio, tanto marítimo como terrestre. No final do século X, a cultura Puuc entrou em declínio; Como fator decadente, considera-se o conflito com os grupos Putun que primeiro assumiram as redes comerciais e que depois se instalaram em Chichen Itzá.
A partir daí consolidaram seu poder no norte de Yucatán e o ampliaram até entrarem em conflito com os habitantes da região de Puuc, perdendo seus governantes; Supõe-se que estes assentamentos foram abandonados e apenas em casos particulares os assentamentos foram recuperados por grupos isolados, uma vez que na era pós-clássica a região estava maioritariamente despovoada.
IXIMCHÉ - GUATEMALA
Iximché tornou-se um centro político, religioso e cultural crucial para os kaqchikeles, que compartilhavam a região com outras civilizações maias importantes. O significado do nome Iximché é: Ixim = Milho Chée = Árvore. A tradução para o espanhol seria Árvore de Milho ou Árvore de Ramón.
O sítio de Iximché estende-se por aproximadamente 18 hectares e possui uma estrutura arquitetônica que inclui pátios, terraços, templos e estruturas residenciais. Entre as estruturas mais notáveis está a Acrópole, uma série de templos e praças que serviram como centro cerimonial e administrativo. Os kaqchikeles realizavam importantes cerimônias religiosas neste local, prestando homenagem às suas divindades e governantes. Iximché também desempenhou um papel crucial na história da conquista espanhola, pois foi neste local que os conquistadores estabeleceram alianças com alguns grupos indígenas locais em seu conflito com os Kaqchikel e outros povos maias. Este sítio arqueológico oferece aos visitantes uma fascinante janela para a história e cultura das civilizações maias que prosperaram na região.
Iximché é um sítio arqueológico do período Pós-Clássico Tardio, situado no altiplano ocidental da Guatemala, no município de Tecpán Guatemala, no departamento de Chimaltenango, aproximadamente 3 km ao sul da sede desse município, a uma altitude de 2.260 metros acima do nível do mar, nas encostas do monte Ratzum. Esta fortificação foi chamada pelos mexicanos de Tecpán Cuauhtlimallán. Desde sua fundação em 1470 até seu abandono em 1524, foi a capital do reino Kaqchikel, uma das civilizações maias, durante o período Pós-Clássico.
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